Protesto contra reforma da Previdência 'sacode' o centro de Maceió

Bancários empunham bandeira contra as mudanças e dizem que golpe do governo não passará

As imagens não são suficientes para mostrar o tamanho da indignação dos trabalhadores que foram às ruas nesta quarta-feira (15) protestar contra a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a perda de direitos. Milhares de homens, mulheres, adultos e jovens, representando a si mesmos ou os movimentos sindical, estudantil e social, encheram a Praça dos Martírios em toda a sua extensão, colorindo com faixas, cartazes e bandeiras a porta do antigo Palácio. A todo o momento, bradavam palavras de ordem e gritos de revolta.

A cena se repetiu em todo o país. E teve a ampla participação dos bancários. Em alguns estados a categoria paralisou bancos, enquanto em outros reforçou os atos públicos e ajudou na mobilização. Dentro das agências ou no meio do povo, os bancários demonstravam o mesmo sentimento, que é de repúdio às reformas golpistas do governo ilegítimo de Michel Temer.

Diretores do Sindicato estiveram presentes em todos os momentos do ato público de hoje, sequenciado por uma caminhada no centro de Maceió e, o final, em frente à Assembleia Legislativa do Estado. Lideranças sindicais, rurais, estudantis, populares, dos movimentos sociais e de diversos outros segmentos da sociedade exigiram da classe política que rejeite as propostas de reforma e de corte de direitos que tramitam no Congresso.

"O sentimento de revolta da população cresce quando ela começa a entender os prejuízos que terão os trabalhadores, bem como as intenções do governo e das elites empresarias com as mudanças. É um ataque sem precedentes aos direitos", disse o presidente do Sindicato, Jairo França, durante as manifestações. Ele acredita que a reação do povo às propostas vai ganhar ainda mais corpo, e volta a pedir aos bancários que se engajem mais na mobilização.

O ato de hoje em Maceió contou com o reforço dos rodoviários, que paralisaram as atividades entre 10 horas e o meio dia. Diversos ônibus ficaram estacionados em ruas do Centro durante as manifestações. Servidores públicos de diversas categorias, como os professores, também cruzaram os braços nesta quarta-feira. No caso dos educadores, a greve é nacional, e eles prometem só retornar ao trabalho quando a proposta da reforma da Previdência (PEC 287) for retirada do Congresso.             

Seec-AL

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