SSP apresenta ao Sindicato ações integradas de combate aos assaltos

Medidas devem aumentar a prisão de assaltantes e reduzir explosões nas agências

Mais trabalho de inteligência, reforço no policiamento ostensivo e monitoramento das agências em parceria com os bancos. Estas são algumas medidas anunciadas ontem pela cúpula da segurança pública para conter a escalada de explosões e assaltos às agências bancárias, que já somam 26 somente este ano.

Durante audiência com o presidente do Sindicato, Jairo França, o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, disse que a desarticulação de quadrilhas e a prisão de assaltantes já estão ocorrendo e que vão aumentar nos próximos 30 dias. Ele apresentou um plano de trabalho em que alguns bancos estão colaborando, ao tempo em que lamentou o isolamento de outras instituições financeiras. "Quem menos investe em tecnologia e equipamentos de segurança é quem mais teve agências assaltadas", afirmou.

O Sindicato solicitou audiência com o secretário justamente para pedir que o Estado cobre uma melhoria dos bancos. "Não vimos pedir que a polícia faça segurança bancária. Vimos pedir que ela intensifique sua atuação na segurança pública, e que cobre responsabilidade das instituições financeiras", disse Jairo. Ele lembrou que alguns bancos, principalmente no interior, não investem nada na segurança das agências, como a instalação de portas giratórias, câmeras, circuitos internos e o controle automático da abertura dos cofres.

O número de assaltos este ano também foi discutido durante a audiência, da qual participaram ainda o delegado Geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, o delegado da Seção de Roubo a Bancos, Vinícius Ferrari, e o comandante do Policiamento da Capital, Claudevan Albuquerque. Eles admitiram o crescimento das ocorrências nos primeiros seis meses de 2016, mas disseram que elas são poucas se comparadas com as estatísticas de outros estados, inclusive vizinhos de Alagoas.

"Os assaltos com explosões são uma praga no país inteiro. Os membros das quadrilhas não são apenas de Alagoas. Trata-se de bandos interestaduais, que hoje estão aqui e amanhã estão em Pernambuco, na Bahia, em São Paulo. É muito difícil prendê-los, mas os esforços que estamos fazendo vai reduzir muito essa prática de crime nos próximos meses", disse o secretário.

O Sindicato considera o saldo da reunião positivo e espera que as medidas anunciadas e em curso pela SSP surtam efeito rápido e duradouro. Segundo Jairo, já se pôde sentir algum avanço com a implementação de propostas que foram apresentadas em reuniões anteriores, tais como a parceria da inteligência da polícia com a inteligência de alguns bancos. "Nosso objetivo é este, cobrar um trabalho conjunto que resulte na tranquilidade dos bancários e da população, hoje sob clima de terror e correndo riscos", completou.  

Fonte: Seec-AL

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