Na Parada LGBT, CUT alerta para retrocessos à igualdade

Central participa da parada pela 19ª vez. E destaca que o desmonte de políticas públicas coloca em risco o direito de cada um ser o que quiser

 

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/SP) marcou presença, mais uma vez, na Parada do Orgulho LGBT, maior evento do gênero, que ocorreu neste domingo (29) na Avenida Paulista, região central da cidade.

 

Neste ano, a Parada, que está em sua 20ª edição, teve o tema “;Lei de Identidade de Gênero Já —; Todos Juntos contra a Transfobia”;, colocando em debate a urgência de tramitação do PL 5002/2013, que garante o direito da pessoa ser reconhecida conforme ela se apresenta.

  

Mas outro assunto muito presente no ato foi o delicado momento político do Brasil, quando políticas públicas de promoção da igualdade e de direitos humanos, conquistados nos últimos anos, estão em risco sob o governo golpista de Michel Temer.

No trio da CUT/SP, com a Frente Brasil Popular SP (FBP-SP), além do combate à LGBTfobia, o golpe em curso no País foi abordado junto aos milhares de participantes, que aproveitaram para exibir cartazes e camisetas com “;Fora Temer”;. Gritos e vaias ao presidente golpista também foram puxados em diversos momentos, como na abertura oficial do evento.

Presidente da CUT/SP e coordenador da FBP no Estado, Douglas Izzo alertou sobre os riscos que o mandato de Temer pode trazer. “;Estamos em um momento difícil para o País, pois o governo golpista aponta para o retrocesso das leis trabalhistas e dos direitos sociais, que irão atingir também a população LGBT”;.

Tradição

A Central participa da Parada do Orgulho LGBT desde 1997 e, no movimento sindical, é uma das entidades mais combativas na defesa dos trabalhadores LGBT. “;Esse dia é importante para mostrar à sociedade que muitos direitos ainda precisam ser garantidos e a CUT está nessa luta”;, diz a secretária estadual de Políticas Sociais da entidade, Kelly Domingos.

Coordenador do Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras LGBT da CUT/SP, Walmir Siqueira fala que a participação da Central na Parada reafirma sua história de defesa dos direitos dos trabalhadores. “;Viemos mostrar às pessoas que dentro do movimento sindical também há uma luta pelos direitos da população LGBT, que temos um coletivo organizado e fazemos essa importante defesa”;.

Neste ano, a tradicional participação da CUT/SP teve o apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, da Prefeitura de São Paulo, e fez parte da agenda de lutas da Frente Brasil Popular (FBP) SP e Nacional.???? 

Fonte: CUT

 

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